Fim de semana em Valencia (parte 2)

Como toda cidade litorânea que se preze, Valencia tem praia! Um pouco longe do centro velho, mas é possível chegar facilmente de Metro. O engraçado é que depois de uma certa estação, se faz uma baldeação para um trem que parece um bonde, anda pelas ruas e é gratuito, porque não tem catracas nas estações. tudo muito moderno, novo e bem feito.

A praia que eu fui fica ao lado da Marina, que é uma das atrações da cidade. Eu não fui, mas é na Marina que fica o autódromo de Fórmula 1 do GP da Europa.

A praia te areia branca e fina, uma faixa muito grande, e é bem extensa. Não tem muitas ondas e o Mar Mediterrâneo tem uma cor verde-amarronzada. Lembra um pouco o litoral sul de SP (é a referiencia que tenho). O dia estava um pouco encoberto, fazia uma brisa fria, mas ude ficar de bermuda e caminhar molhando meus pés nas águas do Mediterrâneo. Que emoção! Mar é mar, mas estar tão longe de casa, pondo meus pés pela primeira vez nas águas de outro oceano, é uma sensação muito boa. Foi como recarregar as baterias com um outro tipo de energia.

O problema foi carregar o tênis, porque o animal aqui esqueceu seus chinelos, e a blusa, porque a tiazinha do hostel não me deixou sair sem ela, pq dizia que ia fazer frio. Mas, como dizem muitíssimo na Espanha, ¡Vale!

Eu queria ir para Ibiza, e brincava com a Dea que era prá ver uns topless. Agora, não preciso mais, tinha um monte de mulheres fazendo topless na praia. O problema é que ninguém me avisou que na Espanha tem uma lei que só mulheres acima dos 60 pode fazer topless. Era uma festa de teta caída! Um bando de uvas passas, vovozinhas, com as tetas de fora. Uma lástima! hehehehe

Como logicamente também não tinha toalha, tive que alugar uma maca (cadeira de praia). Aí, outra facada: três euros e 40 centavos por uma. Se for à uma praia na Espanha, não esqueça sua canga ou toalha. fora que não tem caipirinha, camarão frito ou milho cozido...

Fora isso, e o fato das tiazinhas coreanas virem a cada 2 minutos perguntar "Quer massagem? Cinco euros, poco dinero!", foi muito gostoso. Pude tomar um sol, pegar uma cor, me refrescar com a brisa e caminhar pelo calçadão. Porque depois do calçadão, no pedaço que eu estava, não tem mais nada na orla da praia.

Agora, a arte que mais me chamou a atenção foi a Cidade das Artes e das Ciências. Encravada no Jardim de Túrias (aquele do leito do rio), é uma cidade futurística projetada por Santiago Calatrava. Um conjunto impressionante, que abriga O Hemisferic, Museu das Ciências Príncipe Felipe, L’Umbracle, Le Oceánique e Palácio des Arts.

O conjunto é impressionante, parece uma cidade de outro planeta incrustrada no parque. Principalmente o Palácio das Artes, que parece uma nave saída de um filme de Star Wars.
O único passeio que fiz (caro prá cacete por sinal) foi O Oceanográfico, um aquário com vários peixes, aves e animais marinhos do mundo todo. O destaque fica por conta das baleias, golfinhos, leões marinhos, morsas (que estavam trepando no tanque) e outros. Mas o que me encantou mesmo foi uma foca com quem fiz amizade. Ela fez graça para mim, veio pertinho no vidro para eu tirar fotos, e inclusive me olhou olho no olho. Fiquei tanto tempo tirando fotos dela e brincando que minha bateria da máquina acabou e as pessoas já estavam me xingando!

Depois, uma caminhada pelo impressionante parque construído no leito do rio (o que fizeram com o rio???), cheio de fontes, chafarizes, colunas e jardins (pega o complexo de Império Romano), muito grande e muito bonito (mas um poucão descuidado).

Enfim, essa é Valencia para mim, uma cidade com praias, prédios diferentes, muita vida e coisas novas. E o principal que descobri em Valencia foi: AGORA QUERO UMA FOCA!!!!!