¡Sevilla!

No domingo, deu a louca em mim e resolvi ir para Sevilla. Afinal, tenho que aproveitar o tempo que estou aqui para conhecer o máximo que puder da Espanha, oxalá da Europa. eram uma 3h quando fui para a estação de trens Atocha, para pegar o AVE (trem-bala) para Sevilla. Consegui uma passagem para as 4h30, e me mandei.

Viajar no AVE é uma experiência incrível. Mais conforto que um avião, e sem o risco de turbulências. Um pouco mais caro, mas é mais imediato e coompensa. Enquanto estava no trem, além de assistir a um filme espanhol, aproveitei ara pensar na vida, e no quanto é incrível o que estou fazendo. Conhecer um novo país, novas cidades, novas culturas, novas pessoas. Me deu uma emoção e uma felicidade muito fortes. É um prazer incrível, uma experiência incrível, e aconselho a todos que lutem para poder fazer isso pelo menos uma vez em suas vidas.

Cheguei às 7h em Sevilla, e fui a pé até o Hostel (é possível ir a praticamente todos os lugares a pé aqui nas cidades espanholas, perto de SP são apenas bairros). E então mais uma surpresa agradável: o Hostel é super limpo, ajeitado e seguro. Chama-se Samay e eu aconselho a todos que forem para Sevilla e não se importem de dormir em quartos mistos com umas 5 pessoas.

Mal cheguei e o pessoal do hostel estava saindo para um "tour guiado" pelos bares da cidade. Tomei um banho e saí para encontrar o grupo num bar onde acontecia uma apresentação de flamenco. Depois, rodamos por mais alguns bares, um inclusive com um show de uma drag queen bem ao estilo "Priscilla - a Rainha do Deserto". Com certeza não era o melhor da noite de Sevilla, mas deu para me divertir um pouco.

Segunda, dia de rodar pela cidade. Fui conhecer o Real Alcazar, um palácio que mistura estilos muçulmanos e católicos, inclusive com escritos muçulmanos pelas paredes, e lindos jardins e fontes. A Catedral, imensa, uma mistura tam∫ém do gótico com o árabe, e a torre anexa à Catedral, La Giralda, que com 101 metros de altura foi o edifício mais alto do mundo no seu tempo. Snao construções lindas, imponentes, e que emanam um sentimento que não sei explicar, é como se estivéssemos vivendo uma parte da história da humanidade.

Depois, vale a mesma regra das outras cidades que sofreram a conquista muçulmana: PERCA-SE! Perca-se nos bairros charmosos, de vielas tão estreitas que as janelas quase se tocam. Onde tudo exala história e tem um segredo a contar. Onde as pessoas deixam suas portas da frente abertas para que possamos admirar seus belos jardins internos e suas decorações de ladrilhos. Onde em cada canto se encontra uma beleza mais antiga que a anterior.

Depois de andar bastante, não deixe de ir até a Maestranza, a Plaza de Toros de Sevilla. pode não ser a maior, mas tem um charme todo especial, por mais que eu não goste de touradas e as considere uma crueldade sem sentido. Depois, passeie pela Alameda Cristóbal Cólon até a Torre del Oro, às margens do rio que já foi a principal porta de entrada do Oriente para a Europa.

Depois disso, já era hora de voltar ao Hostel ,afinal estava morto! Tomei um banho, e me preparei para sair quando caiu a primeira chuva em Sevilla em 4 meses. o jeito foi comer ali perto, e bater um papo com um amigo americano que fiz na hora.

Terça de manhã, antes da volta, ainda deu tempo para uma passada na Plaza de España, uma praça semicircular com construções magestosas, ricamente decoradas com os ladrilhos característicos de Sevilla. Mais um passeio, e já era hora de voltar. Uma pena, pois acho que foi pouco tempo. Mas saí de lá com uma certeza: um dia irei regressar.